O projeto de uma mega central termelétrica movida a carvão da MPX, de Eike Batista, no norte do Chile está ameaçado de não sair do papel. Uma longa batalha judicial travada por entidades representativas de comunidades próximas ao local do empreendimento, que tem investimentos previstos de US$ 5 bilhões, já o atrasou em mais de um ano. Agora, o caso está na Suprema Corte do país vizinho e o desfecho da empreitada de Eike começará a ser definido em 12 de junho, às 13 horas de Santiago, para quando está marcada uma reunião de conciliação entre a MPX e os autores da ação. A origem da disputa está na categorização dada por uma autoridade regional de saúde ao empreendimento.
Inicialmente classificado de "poluente", o que impediria a sua construção naquela região, o projeto foi reclassificado para apenas "molesto" (incômodo), depois de a MPX recorrer da definição. As entidades contrárias ao projeto, porém, conseguiram reverter a alteração em primeira instância. Agora, o governo chileno e a empresa contestam a decisão na Suprema Corte. A reta final da disputa em torno do projeto conhecido como Central Castilla não deve ser fácil para Eike, diante da determinação das comunidades locais de barrar a construção da termelétrica, projetada para gerar 2.100 MW, capacidade superior à das dez usinas a carvão instaladas hoje no Brasil, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com investimentos previstos em US$ 1 bilhão para controle ambiental relativo ao projeto, a empresa argumenta, em nota, que obedece aos padrões de emissões chilenos, equivalentes aos europeus.
Fonte: Estadão, Negócios
Nenhum comentário:
Postar um comentário